Apesar de não ser propriamente uma espécie botânica, o líquen foi integrado neste percurso por ter despertado o interesse das crianças que participaram nas sessões de identificação de espécies na Mata, que repararam nestas formas, cores e texturas peculiares ao observarem a casca dos pinheiros. Os líquens são organismos vivos que se formam pela associação entre fungos e cianobactérias, significando que são o resultado da interação entre organismos de duas espécies diferentes. Estes seres vivos podem apresentar-se numa grande variedade de formas, cores, texturas e dimensões, adaptando-se também a diferentes ambientes e climas e podendo surgir em muitas superfícies diferentes. No entanto, apreciam particularmente os troncos das árvores, folhas de diversas plantas, a superfície das rochas ou mesmo o solo. Um dado interessante sobre os líquens é que podem ser utilizados como indicadores da qualidade do ar, não prosperando em ambientes com muita poluição! No caso dos líquens que se podem observar na casca dos pinheiros nesta Mata, são do tipo foliáceos, com uma forma que se assemelha a folhas, com tons entre o amarelo e o verde pálido. São dos tipos mais comuns em Portugal.