A aroeira é um arbusto resinoso e aromático nativo de Portugal. Apresenta habitualmente 1 a 4 metros de altura e encontra-se no centro e sul do país. É uma espécie típica da flora mediterrânica, adaptada ao clima quente, aos solos secos e ao vento marítimo, conseguindo sobreviver mesmo em solos arenosos. Ocorre de forma espontânea em bosques, matas, encostas e beiras de caminhos. As suas folhas mantêm-se verdes todo o ano, e a cor dos seus frutos varia entre o vermelho e o preto. São redondos e organizam-se em cachos, amadurecendo no outono. A aroeira é uma espécie dióica, o que significa que apresenta flores femininas (esverdeadas) e flores masculinas (avermelhadas) em exemplares de plantas distintos. A resina extraída deste arbusto, viscosa e aromática, encontra utilizações na medicina e na culinária, e o óleo extraído das bagas pode ser utilizado na cosmética. Tal como outras espécies identificadas nesta mata, a aroeira constitui importantes habitats para insectos,pequenos mamíferos e aves, apresenta grandes capacidades de regeneração após incêndios e contribui para a fixação dos solos através das suas raízes profundas. Uma curiosidade: a aroeira é da mesma família que árvores “famosas” de outras regiões do planeta, como é o caso do pistácio, do caju ou da manga! Na Mata da Trafaria ocorre de forma espontânea, sendo possível observar um exemplar adulto em todo o seu esplendor. Alguns exemplares foram recentemente introduzidos nesta mata em ações de florestação desenvolvidas pela EDA, no âmbito do projeto Mata Viva.